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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por que trabalhar com projetos didáticos?

Neste início de semestre os professores voltaram super dispostos e animados para por em prática uma série de objetivos pedagógicos. Estão nascendo projetos bem legais na escola. As HTPCs desta semana estarão voltadas a este assunto e à construção/planejamento destes projetos.Para subsidiar este trabalho apresentamos uma série de perguntas e respostas bem esclarecedoras sobre o trabalho com projetos didáticos. Vale a pena dar uma conferida. Na proxima postagem o passo a passo da elaboração dos projetos didáticos.
Abraços a todos e ótimo recomeço de aulas!
Fernanda e Mirtes

O que significa trabalhar com projetos didáticos?
       É partir de questões ou situações reais e concretas, contextualizadas, que interessem de fato aos alunos.
       Compreender a situação-problema é o objetivo do projeto.
       As ações e os conhecimentos necessários para a compreensão são discutidos e planejados entre o professor e os alunos.
       Todos têm tarefas e responsabilidades.
       É como se fosse uma viagem: Temos de decidir o que fazer, o que levar, dividir tarefas.
       Durante a viagem, teremos também de tomar novas decisões.
       A aprendizagem se dá durante todo o processo e não envolve apenas conteúdos.
       Aprendemos a conviver, a negociar, a nos posicionar, a buscar e selecionar informações e a registrar tudo isso.
Qual a diferença entre trabalhar com projetos e com temas geradores?
       Os temas geradores são assuntos, não questões ou situações-problema que motivem o desenvolvimento de um projeto.
       O tema em si não é motivador e geralmente é apresentado pelo professor sem a participação dos alunos.
       O projeto didático é uma idéia mais ampla. O fundamental é que os alunos tenham a oportunidade de imaginar uma ação, traçar um plano para torná-la real num tempo predeterminado, realizar esse plano, controlar o processo, responder aos acontecimentos imprevistos e chegar ao resultado projetado.
O tema de um projeto é escolhido pelos alunos, pelo professor ou coletivamente? O que cabe a cada um decidir?
       O tema do projeto deve ser escolhido pelo professor, pois ele sabe os objetivos didáticos e os conteúdos que deseja trabalhar.
       Isso não quer dizer que não exista lugar para a tomada de decisões dos alunos. Ao contrário. Para que os estudantes de fato compartilhem o projeto, eles têm de ter uma participação ativa.
       O que faz com que eles gostem de um projeto não é o fato de fazer passeios ou manejar máquinas fotográficas e gravadores, mas a importância de saber claramente o que todos vão produzir e para quem.
       O tema pode ser levado pelo professor, mas os alunos têm de estar interessados em desenvolvê-lo.
       Além disso, o planejamento para a execução deve ser discutido e negociado.
       O professor precisa ter clareza das competências que deseja que a garotada desenvolva e dos conhecimentos necessários para isso.
       Ou seja, cabe a ele criar as condições para que o projeto caminhe: garantir o acesso às informações, a participação de todos e um clima de colaboração e respeito mútuos.
Que decisões o professor precisa tomar antes de dar início a um projeto didático?
       É sempre bom lembrar que um projeto didático é uma forma de ação pedagógica. Para colocá-la em prática, é preciso ter um planejamento pedagógico, isto é, fazer escolhas sobre o que será ensinado, como se dará esse processo e como será a avaliação – mesmo que o desenrolar dos acontecimentos transforme as decisões originais.
       Em seguida, o professor deve imaginar os passos necessários ao planejamento e implementação do projeto junto com os alunos. É esse exercício de imaginação que permite saber quais decisões serão compartilhadas com a turma.
Que decisões o professor precisa tomar antes de dar início a um projeto didático?
       Compartilhar aqui tem dois sentidos: explicar adequadamente as razões de uma decisão, quando esta é tomada pelo professor; e orientar claramente a decisão, quando ela será tomada pelos alunos. As decisões compartilhadas são tomadas em razão do potencial de ensino.
       Para isso, o professor deve se perguntar: "O que meus alunos aprenderão ao tomar essa decisão? Eles estão em condições de tomar essa decisão de forma autônoma ou tenho de monitorá-los?" Se os estudantes são imaturos, assuma o comando.
       Importante: quando o professor decide tudo, não há projeto didático.
Um projeto didático precisa ser interdisciplinar?
       Não. Um projeto didático é um caminho para ensinar algo que faça sentido para os alunos – e que sonhos podem se tornar realidade.
       Isso pode acontecer em uma única disciplina
       No entanto, os projetos podem ser  interdisciplinares porque partem de questões reais, concretas e contextualizadas.A vida é interdisciplinar.....
Todo projeto didático deve ter um produto final?
       Sim.
       Projeto é o esforço de criar uma idéia e o trabalho desenvolvido para torná-la realidade.
       Sem ter algo para realizar, para alcançar ou mostrar, não existe projeto
       O produto escolhido também deve ser próximo das práticas sociais reais dos alunos.
       O resultado de um projeto pode ser uma ação, como um sarau de poesias, por exemplo. Ou objetos concretos.
Como é feita a avaliação do que os alunos aprendem com o projeto pedagógico?
       A avaliação deve ser feita durante todo o processo, pois dela dependem os passos seguintes e os ajustes.
       Com relação às aprendizagens individuais, podem ser elaborados procedimentos para que cada aluno possa perceber e acompanhar a própria evolução.
       O produto final também é um elemento importante de controle.
Referências
       Vera Grellet -Psicóloga com vinte anos de experiência em formação de professores, trabalhou no Colégio Vera Cruz, de São Paulo. É coordenadora de projetos da Redeensinar
       Vinicius Signorelli -Físico, lecionou nos colégios Palmares e Galileu Galilei, de São Paulo. Atualmente é consultor do programa Parâmetros em Ação, do Ministério da Educação
        Regina Scarpa- Psicóloga e mestre em Educação, participou da elaboração do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. É coordenadora-geral do Cedac

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